Quando eu tinha 6 anos, morávamos em uma casa com um grande quintal e meu pai 'era dono' de uma parte do jardim. Minha mãe plantava flores e ele plantava uma variedade infinita de pimentas coloridas. Eu ficava fascinada com aquelas coisinhas tenras, vermelhíssimas e proibidas.
Eu não podia colocar a mão porque ia ficar ardendo. Mas claro que a curiosidade de uma criança vai além do que a suposta imaginação de um pai pode acreditar. Um dia eu não só toquei como mordi e me arrependi amargamente... Chorei, cocei os olhos e chorei mais ainda...
Meu pai além de plantador de pimentas, fazia conservas das mais variadas. Lembro de uma prateleira na copa cheia de vidros com pimentas. Era o tipo do homem que colocava pimenta em quase todos os alimentos e nem baiano ele era. Na mesa da minha casa sempre tinhas umas três compotas na hora do almoço.Todos que nos visitavam saiam com um vidro de pimenta presenteado por meu pai.
Eu nunca gostei. Acho que traumatizei por conta da ardência infantil.
Gosto da pimenta do reino, da pimenta-rosa e da pimenta de biquinho. Essas não ardem, apenas enriquecem o paladar.
Gosto também das ornamentais que dão um toque quente ao ambiente.
As ardidas eu apenas aprecio, me encanto com as cores, fotografo e tenho plantada no vaso da janela. Sei de sua importância como condimento na culinária e o alto valor nutricional e curativo enquanto remédio natural para obesidade, dor de cabeça, pressão alta, etc.
Acho incrível quem se delicia e gosta como meu pai gostava. Eu prefiro apenas admirar sua beleza.
Querida,voce me fez lembrar de uma épca muito boa das nossas vidas.Nosso pai em casa, nos dando atenção e fazendo as coisa que mais gostava. Com que cuidado que ele manuzeava as pimentas,o cheiro ia longe e as pessoas adoravam receber um vidro como presente. Meu pai sempre gostou de dar até mais do que receber.Obrigada pela lembança. Nada como uma boa recordação.
ResponderExcluirObrigada, minha irmã. Fiquei emocionada com suas palavras. um beijo
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