sábado, 14 de novembro de 2009

O Silêncio

Com a vida moderna que levamos cheia de aparelhos eletrônicos eternamente plugados nas tomadas, tem sempre um hummmmmmmm bem lá longe em nossos ouvidos.
Com a noite do apagão, o silêncio foi total.
Não tinha estabilizador de computador, ar condicionado, ventilador, motor de geladeira, motorzinho de aquário, bomba d’água da piscina do vizinho, não tinha música, não tinha nada. O silêncio era absoluto.
Imagino que em algumas ruas os carros e as sirenes estavam enlouquecidos, mas na minha não tinha nada.
Foi uma sensação que há muito eu não experimentava.
Isso só acontece quando estamos totalmente no meio do mato.
Me senti em um intervalo entre o mundo moderno e o mundo antigo:
silencioso e iluminado por velas.
Como se fosse uma pausa para respiramos um pouco e refletirmos com o que estamos fazendo conosco e com o país em que vivemos.
Pausas são sempre bem-vindas: no estudo, no trabalho, no filme, no amor, no exercício...

Pois é aquele minuto em que respiramos fundo, soltamos o ar devagar e damos continuidade a vida.

2 comentários:

  1. Me senti bem a vontade no dia do apagão, estava no teatro Poeira assistindo a peça do Marcelo R. Paiva, o elenco bancou e terminou o espetáculo 20 e poucos minutos depois. Para falar a verdade a peça ficou até melhor depois do acontecido. Depois tentamos tomar uma cerveja, que só foi possivel no cachorro podrão do Humaitá e fiquei vislumbrando como era em outros tempos sem toda essa tecnologia e barulho. bjs tuka

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  2. Oi Tuka, seus comentários são sempre muito bem vindos. Obrigada.
    PS: Ainda não vi esse espetáculo. Está na minha fila. beijo

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