Era 1994 ou 1995, e eu estava em um almoço com família e amigos em um daqueles restaurantes na beira da praia de Grumari. Não era verão, mas tinha um pouco de sol em uma tarde fresca e amena.
Enquanto a comida não chegava, fui dar uma volta na areia para distrair minha filha com um ano e pouco na época e que não parava quieta.
Enquanto a comida não chegava, fui dar uma volta na areia para distrair minha filha com um ano e pouco na época e que não parava quieta.
Quando nos aproximamos da beira do mar, tinha um menino brincando na areia com baldinhos e pazinhas e, imediatamente, minha filha soltou das minhas mãos e foi engatinhando até ele. Fui atrás dela e quando me aproximei, a mãe ao lado do menino, sentada na cadeira de praia lendo um livro, era a Cassia Eller.
Cumprimentei, ela sorriu e soltou o livro para me dar atenção.
Os dois já estavam 'melhores' amigos na areia.
Os dois já estavam 'melhores' amigos na areia.
A nossa rápida conversa foi de mães quando se encontram. As crianças eram do mesmo mês e do mesmo ano. Rimos da coincidência e talvez por isso nunca mais esqueci do Chicão e sempre leio o que sai sobre ele na mídia. Uma trajetória totalmente diferente da minha filha.
Me chamaram da varanda pois a comida estava sendo servida. Nos despedimos com um sorriso no rosto e a tristeza das crianças que não iriam mais brincar juntas.
Voltei para a mesa toda feliz contando a minha experiência. Todos ficaram olhando para a praia, mas logo em seguida eles foram embora.
Tive a oportunidade de assistir dois shows de Cássia; um no Canecão e o outro no Rock in Rio.
Por conta do documentário Cássia Eller, de Paulo Henrique Fontenelle, em cartaz na cidade e que ainda não assisti, lembrei desse gostoso episódio da minha vida.
Uma Cássia mulher, mãe e tão diferente daquela 'fera' no palco.
Chorei quando ela morreu tão prematuramente.
Cássia Eller era uma força da natureza.
Linda.
Louca.
Louca.
Bonita foto. Os olhos dela, com o filho nos braços, estão brilhando de felicidade.
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