sábado, 12 de maio de 2012

Santa Luzia


"Santa Luzia passou por aqui com seu cavalinho comendo capim. Dei-lhe pão, água e vinho”.

Essa ladainha era entoada por minha mãe quando eu tinha cisco nos olhos. Com o dedo indicador e bem devagar ela ia massageando meu olho por três vezes consecutivas. Pronto, o cisco desaparecia. Talvez a simpatia tivesse outros versos, mas são essas as palavras que lembro e que ensinei para minha filha quando também tinha um cisco.
Estive na Igreja de Santa Luzia, no centro do Rio, para agradecer uma graça alcançada. Talvez em criança, com meu pai ou minha mãe, eu tenha visitado anteriormente essa igreja, mas não lembro. Lembro de passar por ela e perceber que era toda pintada de azul.
Ela parece grande mais é pequena, os bancos são de dois em dois e com uma almofadinha vermelha solta para ajoelharmos em oração. Lá dentro, a calma e o silêncio de todas as igrejas.
Ela foi construída entre 1519 e 1592 - são muitas informações diferentes de datas sobre a construção exata. Mas foi em 1752 que foi feita uma reforma de ampliação. O mar passava quase na porta da Igreja, mas com a demolição do Morro do Castelo na década de 20, foi feito um aterro afastando o mar e criando a Rua Santa Luzia.  Hoje ela está no meio do grande centro financeiro da cidade.
A historia de Santa Luzia, uma italiana de família rica, que doou tudo aos pobres e fez voto de castidade desistindo de um casamento arranjado pela família, teve um final triste. Ao declarar seu amor verdadeiro e fiel a um só Deus, morreu decapitada em 303.
Seu corpo está na Catedral de Veneza e comemora-se o seu dia em 13 de dezembro.

Luzia deriva de luz,  da graça iluminadora, da janela da alma e por isso tornou-se a santa protetora dos olhos.
Santa Luzia fará parte para sempre do meu coração.

Um comentário: