sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Leitor Benjamin


É tão bom quando chega a temporada de Oscar e grandes filmes entram em cartaz...
Nós, amantes da sétima arte, entramos em alfa.
Neste Oscar 2009 temos dois filmes que contam histórias de uma vida inteira.
Vidas costuradas pelo amor.
Ambos os filmes são baseados em literatura:
O Curioso Caso de Benjamin Button, de F. Scott Fritzgerald,
e O Leitor, de Bernhard Schink.
O mais bonito nesses dois belos filmes é a forma encontrada para contar uma história de amor.
O amor que acompanha toda a trajetória da vida dos personagens, desde os momentos mais difíceis até a realização plena deste amor.
Ou em ordem inversa.
Não importa.
Quando alguém pensou que gravaria em fitas cassetes toda a "Odisséia", de Homero ou textos de Tolstói, Tchècov, para entregar a mulher amada na prisão, anos e anos após os amantes terem se separado?
Quando alguém pensou em abandonar a família por amor a ela, sabendo que estava indo ao contrário do tempo e ficando cada vez mais jovem e não podendo ser um bom pai para a filha?
A maturidade de Benjamin é plena exatamente por ter sido criado com os mais velhos em um asilo.
Sua calma, sua serenidade e sua relação com a morte, nos são mostradas através da sabedoria dos mais velhos, o que lhe permite agir da maneira como age.
Já a angústia de Michael no tribunal, com sua alma completamente devastada e seus sentimentos atordoados, nos remete aos seus 23 anos, em plena juventude e em pleno nazismo!
Só o cinema através da literatura para nos proporcionar o prazer dessas histórias.
O mais bonito disso tudo é vermos, ouvirmos e falarmos sobre o amor, em uma época onde esse assunto não faz muito parte das rodas de conversas.
O amor forte. Sublime.
O amor alegre e triste.
O amor de cinema.
O amor real.

2 comentários:

  1. o leitor sim
    benjamin button, nem tanto

    e voce viu a cerimonia do oscar?
    ou tava se acabando no carnaval?

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  2. Eu vi a cerimônia do Oscar sim, claro!
    Algumas surpresas e outras não.
    Acho que a Academia está se "desamericanizando" nos últimos dois anos e dando oportunidades as outras culturas.
    Isso é um bom sinal!

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