No 10º ano da FLIP – Festa Literária Internacional de
Paraty, idealizada em 2002 pela inglesa Liz Calder, foi um sucesso absoluto de público e crítica. Mas a programação infantil da Flipinha coloriu e alegrou toda a cidade. A
Praça Monsenhor Helio Pires, conhecida como a Praça da Matriz, foi ornamentada com
instalações de bonecos de papel machê
produzidos por artistas da cidade, formando um jardim de Alice no País
das Maravilhas, além de um “pé de livros”, onde diversos livros pendurados em galhos eram manuseados pelas crianças.
Sem contar a Regata organizada pelo INP – Instituto Náutico
de Paraty, as rodas de leitura, os
contadores de histórias e as brincadeiras de roda. Durante todo o tempo as
turmas das escolas passavam enfileiradas com professores e monitores explicando e levando-as para uma das
atividades. Durante os 5 dias da
programação, os autores autografaram seus livros na Biblioteca da Flipinha,
também montada na Praça.
Segundo Rita de Cássia Marques, professora e advogada
nascida e criada em Paraty, escolas da Zona Costeira de Paraty como Pouso de
Cajaíba, Mamanguá e Ponta Grossa, vieram de barco para participar da festa. Assim como
escolas da Zona Rural que trazem seus alunos de ônibus de localidades como Taquari
e Campinho da Independência, uma comunidade quilombola.
Alunos do 9º ano da Escola Municpal Nova Perequê, em Angra
dos Reis, fizeram um livrinho com ilustrações e lendas populares da cidade de
Paraty para recolherem fundos para a festa de formatura no final do ano.
A exposição Território e Literatura foi toda montada a
partir de desenhos feitos por alunos da rede escolar de Paraty e arredores, que receberam um
tratamento gráfico feitos por jovens do Ponto de Cultura da Associação da Casa
Azul, representando a união entre literatura, identidade e territórios, nas
relações sociais e culturais presentes nas comunidades de Paraty.
Todos os
painéis da exposição foram inspirados na obra de Carlos Drumond de Andrade, o
grande homenageado da FLIP deste ano, trazendo fragmentos poéticos em seus
desenhos e textos.
Já a Flipzona, que é dedicada aos jovens da cidade com uma
programação mais contemporânea como a inclusão digital, mídias sociais e a
democratização cultural, foi transformada em um Ponto de Cultura do Governo
Federal. A ideia surgiu durante a Flipinha de 2008 ao perceberem que havia
espaço para esse tipo de projeto. As atividades vão desde exibição de filmes,
oficinas de produção e edição de áudio e vídeo, teatros, produção de texto, animação, fotografia e
videogame. Ao longo do ano essas atividades são desenvolvidas e durante a
feira, professores, autores e profissionais em tecnologia participam do evento para que os jovens façam uso da palavra como meio de
reflexão e transformação.
Um luxo.
Um luxo.
Essa FLIP foi demais, hein? Amei a idéia. Essa inglesa mora no Brasil?
ResponderExcluirSim, em Paraty!
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