
Este é o belíssimo nome da exposição de pinturas de Rodrigo de Souza Leão, inaugurada no dia 9 de novembro no MAM - Museu de Arte Moderna. A história de Rodrigo é muito interessante e emociona aqueles que não conhecem nada ou apenas alguma coisa sobre ele.
Ramon Mello e Marta Mestre são os curadores da mostra que reúne 30 telas produzidas em 2009, durante os 3 últimos meses da vida de Rodrigo, no período em que frequentou as aulas de pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Rodrigo era carioca, poeta, escritor, jornalista e músico. A pintura veio depois. Após um surto de esquizofrenia, Rodrigo ficou 20 anos sem sair de casa. Os seus últimos meses foram dedicados as aulas de pintura.
Publicou 10 e-books de poesias, os livros Todos os Cachorros são Azuis (já adaptado para o teatro), em 2008, Há flores na pele, em 2001, entre outros.
Me roubaram os dias contados (2010) e O Esquizóde: coração na boca (2011), foram lançados após a morte de Rodrigo em 2009.
Não sou entendedora de artes mas sou sensível para perceber em seus quadros, uma explosão de cores, um traço nervoso e uma liberdade criativa contagiantes.
São lindos. Assim como seus poemas.
" ... quando também não gosto de definir em uma só palavra o que sou. Se o que sou é só uma palavra, é tão pouco. Gostaria de ser um milhão de coisas. É reducionista ser uma coisa só. "
"Tomara que exista eternidade. Nos meus livros. Na minha música. Nas minhas telas. Tomara que exista outra vida. Esta foi pequena para mim."