domingo, 24 de março de 2013

O girassol e a borboleta

Nunca tinha ganho um girassol em minha vida. Não que eu me lembre ou que tenha sido tão significativo. Sempre admirei os girassóis nos quadros de Van Gogh por suas cores e harmonia artística. E também nunca vi ao vivo uma plantação de girassóis.
Gosto deles pois são fortes e vibrantes e ao mesmo tempo tem uma textura macia e suave. Parece uma grande margarida e eu adoro as margaridas.
Todos os dias que entro em casa olho para ele em minha janela ainda imponente como um rei, mesmo depois do 6º dia.  Não sei quantos dias ele vai durar mas o que me impressiona é a sua capacidade de  iluminar o ambiente. Muda tudo.
Na quarta-feira eu estava checando os meus emails no computador quando ouvi o barulho de um bicho voando. Quase entrei em pânico pois posso listar aqui a quantidade de bichos estranhos que resolvem me visitar de vez em quando entrando pela janela e sem serem convidados. Mas dessa vez, para minha surpresa, era uma linda e grande borboleta azul. Fiquei surpresa olhando aquele ser tão frágil e perdido dentro da sala da minha casa. Mas ela viu o girassol e pousou nele. Ufa! 
Devagarinho fui até eles para abrir a outra janela e deixá-la ir embora na hora em que desejasse. 
Tentei fotografar mas ela não gostou. 
Desisti. 
Essa será uma imagem que ficará na minha lembrança para a eternidade: o girassol e a borboleta. Certamente a colheita de uma boa safra que plantei. 

Outono

E o outono chegou.... 
Época de céu mais azul, 
do mato mais verde 
das temperaturas amenas 
perfeito para degustarmos um bom vinho.


E como escreveu Pablo Neruda sobre o outono e o amor.

"Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos.
Não quero dormir sem teus olhos
Não quero ser...sem que me olhes
Abro mão da primavera
para que continues me olhando
durante todo o outono"

Exposições e Livros

A exposição de Marta Jourdan, na Galeria da Casa de Cultura Laura Alvim nos faz entrar em uma outra dimensão; parece um sonho. Vale a pena ver.  De terça a domingo, de 13 às 21 horas. Grátis.

* A Mão livre de Luiz Carlos Ripper, em cartaz no Centro Cultural dos Correios conta a genial trajetória do artista carioca e cenógrafo inquieto de grandes espetáculos teatrais e de filmes emblemáticos do  cinema brasileiro. De terça a domingo, de 12 às 19 horas. Grátis.

O livro de Toninho Vaz, Solar da Fossa é uma deliciosa viagem para quem viveu ou não a época do Solar. O casarão ficava onde é o Shopping Rio Sul e por lá passaram os mais significativos artistas brasileiros. Leitura leve e divertida. Publicação da Casa da Palavra.

* Gosta de Clarice Lispector? Gosta de bichos e pessoas? O livro de crônicas De bichos e pessoas é fundamental para quem gosta da autora e dessas criaturinhas maravilhosas. Editora Rocco.

* O livro de crônicas Palavra Carioca, de minha autoria, foi lançado em 18 de março no Rio de Janeiro e será lançado dia 28 de março em Passa Quatro, Mina Gerais. Ele está a venda na Mini Book Store - em Ipanema e na Folha Seca, no Centro.

www.minibookstore.com.br 
tel: (21) 2227-3656

www.livrariafolhaseca.com.br
tel: 2224-4159

Andando pelo Centro











domingo, 3 de março de 2013

NOTA


Por conta dos lançamentos do meu livro Palavra Carioca - dia 18 de março no Rio de Janeiro e 28 de março em Passa Quatro - Minas Gerais, as novidades do blog diminuíram por pura falta de tempo. 
Em breve estarei atualizando quinzenal ou de vinte em vinte como sempre fiz.

Agradeço a compreensão.

Você é meu convidado.



Se você já comprou o seu exemplar, venha buscá-lo com ou sem o kit brinde.
Se ainda não comprou, a hora é essa!

Aguardo você.

Sobre o lançamento do Palavra Carioca


RELEASE para o lançamento do livro PALAVRA CARIOCA
Teresa Souza é carioca, jornalista de formação e trabalha com produção, pesquisa  e assessoria de comunicação, além de ser autora do blog de cultura e variedades www.orioqueeupiso.blogspot.com.

Os textos reunidos foram escritos entre 2007 e 2011 e estão divididos em quatro partes: A Cidade, A Natureza, O Cinema e O Sentimento. O Rio de Janeiro sai do seu posto de cidade para tornar-se personagem.

A crônica é a mais carioca dos gêneros literários e essas foram escritas com delicadeza, humor e transparência transformando o Palavra Carioca em um livro indispensável para se conhecer um Rio de Janeiro atual e contemporâneo.

O livro teve campanha no Facebook e no Catarse, site de financiamento coletivo, onde a colaboração dos amigos reais e virtuais, tornou possível a impressão gráfica e a confecção dos brindes para as cotas adquiridas durante o processo de arrecadação financeira no site.

A apresentação é feita  pelo cineasta Cacá Diegues, pela historiadora Isabel Lustosa e os poetas Jacinto Fábio Correa e Maurício Tiburcio, nos convidando a um delicioso e relaxante passeio por um Rio de Janeiro que muitas vezes não percebemos.  E  como diz Cacá Diegues  “...e você  ainda vai ficar sabendo o que é encontrar o Caetano Veloso em um elevador vazio.”

Palavra Carioca será lançado no dia 18 de março, às 19horas, na Mini Book Store, a livraria da Casa de Cultura Laura Alvim.
Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
Tel: 2227-3656
Contato: teresasouza@globo.com

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Filmes


Já escolheu o seu candidato ao Oscar 2013?

São tantos filmes que estreiam nesse inicio de ano que só mesmo com tempo e um dinheirinho no bolso para podermos acompanhar tantas novidades cinematográficas dos mais diversos países. 
Depois da entrega do Globo de Ouro e do prêmio dos críticos de cinema, chega a vez do Oscar, o prêmio mais famoso da história do cinema, em sua 85ª cerimônia.
Ainda não consegui assistir nem um terço dos concorrentes, mas já tenho alguns queridinhos.
Aqui você pode acompanhar os concorrentes a estatueta dourada que será entregue no dia 24 de fevereiro.

http://www.adorocinema.com/noticias/filmes

sábado, 2 de fevereiro de 2013

E chegou o Carnaval...

O Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 A.C. E era através dessa festa que os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção - explicação da Wikipedia.
Bom, de lá para cá muita coisa mudou.... e como o Rio de Janeiro hoje não é apenas o Sambódromo, pois voltou com força total aos blocos no carnaval de rua que já começam uma semana antes, a receita é: 
ou vestir a fantasia e sair nos blocos para se divertir
ou fazer um esquema bem organizado para sair de casa e ir a praia ou ao cinema sem ficar entalado em algum bloco
ou viajar.
Seja qual for a sua opção, fevereiro é um mês de dias quentes e o Carnaval é bom para descansar ou se acabar, pois logo depois o ano começa de verdade e aí vem a entrega do Oscar, as águas de março, a semana santa e tudo de novo outra vez.... 

Bom Carnaval!

Ela e eu

Em uma dessas tardes quentes de verão, eu estava aguardando o trem do metrô chegar na Estação Botafogo em direção a Ipanema. Quando entrei no vagão dei uma olhada básica para descobrir onde iria encostar, sim o metrô estava cheio e sentar nem pensar. Foi quando avistei uma moça sentada lendo um livro com um vestido igualzinho ao meu. 
Graças a Deus eu não o estava vestindo naquele dia.
Mas a moça estava.
Não é um vestido comum, digamos que ele tem uma estampa quase personalizada. Fiquei pensando no meu quietinho dentro do armário. Prestando mais um pouco de atenção na moça, ela estava com uma sandália havaiana também igual a uma que já tive. Isso não me espantou pois no Rio de Janeiro todos tem e usam havaianas o tempo todo. Mas era muita coincidência...
Pensei comigo: será que ela é meu clone? 
Mas ela era loura e eu não sou loura.
Bom, talvez seja a minha versão loura. Comecei até a gostar da ideia.
A moça levantou os olhos do livro e olhou para mim. Fiquei super sem graça e disfarcei olhando para os lados. Ela nem imaginava que eu tinha um vestido igual ao dela e uma sandália também. 
A bolsa era diferente. Ufa! 
E o livro que ela lia... eu jamais iria ler um assunto didático de física ou matemática... era o que me pareceu.
Consegui sentar e fiquei de longe olhando o meu lado loura, inteligente e compenetrada. Gostei.
Ela estava indo para a praia.
Como assim? Eu jamais usaria o meu vestido lindo para ir a praia! Essa clone está muito abusada.
Descemos na mesma Estação e eu a perdi de vista pois um senhor me pediu uma informação. Ainda a procurei mas ela desapareceu no meio da multidão.
Quem sabe em uma próxima vida eu me interesse por números e tenha uma vida financeira mais organizada, faça escova em meu lindos cabelos louros e ande de havaianas por aí.
Faz tempo que não uso o fatídico vestido clonado. Acho que ele ficou meio curto e já não veste tão bem assim.
Quem vai entender as mulheres...

Casa de Algaços

Casa de Algaços, poemas costeiros, é o 13º livro do poeta Jacinto Fabio Corrêa. Não tenho como reproduzir o livro mas posso escrever alguns pequenos poemas em uma deliciosa brincadeira poética.

A página que eu abrir, escolho um. Tenho certeza, que de uma forma ou de outra, vai tocar o meu coração: 

"O mundo é mais mar que mundo."

"Pétalas suavemente esquecidas à superfície.
As sereias não repetem enfeites"

"Com as tarrafas do vento
o mar pescou o sol
que tímido surgia.
Assim nascem os dias
dos amores nublados."

"Ainda que eu hasteasse tochas de fogo
e com pérolas vestisse a orla,
ele recusaria o caminho já belo.
Então dei-lhe o mar
mas roubei todos os ventos."

"Jamais quis o mar
mas ele a mim se deu.
O que podia um menino sem mãos azuis
fazer com a imensidão?"

www.jacintocorrea.com.br - você vai se deliciar com o trabalho do Jacinto.

"Ignoro as leis do amor e descanso na rede do meu passado -
lá jamais morrerei.
Serão necessários muitos séculos para eu desistir de acreditar."

Dona Canô





Cena do filme Pedrinha de Aruanda, de Andrucha Waddington. 
Minha singela homenagem para Dona Canô, uma mulher que sempre admirei.