Solidariedade

Uma vez eu li em algum lugar que a solidariedade é o amor em movimento. Achei tão bonito que guardei em meu coração.

No momento em que o Rio de Janeiro está de luto por conta da tragédia dos prédios que desabaram na Cinelândia, só mesmo a solidariedade humana para tentar diminuir tanta dor provocada, provavelmente, por imprudência e irresponsabilidade com a vida dos outros.

Colhi algumas frases de pensadores sobre o assunto:

Aprendi que um homem só tem direito de olhar um outro de cima para baixo para ajuda-lo a levantar-se.

Gabriel Garcia Marquez

A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca.

Antoine de Saint-Exupéry

A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.

Franz Kafka

Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas.

Eduardo Galeano.

Solidariedade, amigos, não se agradece, comemora-se.

Betinho

Aviso

No final do ano passado fui surpreendida por um tipo de vírus em meu blog.

Um amigo e também blogueiro me comunicou que estava ocorrendo em vários blogs do BLOGGER (Google) naquele dia 26 de dezembro.

Não cheguei a ver, mas sei que palavras do meu texto apareciam sublinhadas e se você clicasse ia dar em algum link de propaganda de agência de viagens estrangeiras, astrologias, vidências, encontros virtuais, etc.

Nada contra nenhum desses anunciantes, mas se querem realmente anunciar, entrem em contato e paguem por isso!!

Se por um acaso você viu no Rio que eu Piso, saiba que foi um boom em uma grande maioria dos blogs e que sumiu no mesmo dia.

Coisas do mundo virtual em que não temos nenhum tipo de controle.

O sabor da pimenta

Quando eu tinha 6 anos, morávamos em uma casa com um grande quintal e meu pai 'era dono' de uma parte do jardim. Minha mãe plantava flores e ele plantava uma variedade infinita de pimentas coloridas. Eu ficava fascinada com aquelas coisinhas tenras, vermelhíssimas e proibidas.

Eu não podia colocar a mão porque ia ficar ardendo. Mas claro que a curiosidade de uma criança vai além do que a suposta imaginação de um pai pode acreditar. Um dia eu não só toquei como mordi e me arrependi amargamente... Chorei, cocei os olhos e chorei mais ainda...

Meu pai além de plantador de pimentas, fazia conservas das mais variadas. Lembro de uma prateleira na copa cheia de vidros com pimentas. Era o tipo do homem que colocava pimenta em quase todos os alimentos e nem baiano ele era. Na mesa da minha casa sempre tinhas umas três compotas na hora do almoço.Todos que nos visitavam saiam com um vidro de pimenta presenteado por meu pai.

Eu nunca gostei. Acho que traumatizei por conta da ardência infantil.

Gosto da pimenta do reino, da pimenta-rosa e da pimenta de biquinho. Essas não ardem, apenas enriquecem o paladar.

Gosto também das ornamentais que dão um toque quente ao ambiente.

As ardidas eu apenas aprecio, me encanto com as cores, fotografo e tenho plantada no vaso da janela. Sei de sua importância como condimento na culinária e o alto valor nutricional e curativo enquanto remédio natural para obesidade, dor de cabeça, pressão alta, etc.

Acho incrível quem se delicia e gosta como meu pai gostava. Eu prefiro apenas admirar sua beleza.

Pimentas

Dicas

No cinema: A Música Segundo Tom Jobim é o mais novo documentário de Nelson Pereira dos santos, em parceria com Dora Jobim. O filme está em cartaz em diversas salas da cidade. Uma verdadeira delícia de ver, ouvir, se emocionar, cantar junto e pensar em como era talentoso e lindo o nosso maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.

Tom Jobim teria completado 85 anos no último dia 25 de janeiro. Não deixem de assistir. Sem palavras.

No teatro: A vingança do espelho: a história de Zezé Macedo, em cartaz no Teatro Laura Alvim, é um espetáculo com texto de Flavio Marinho e direção de Amir Hadda

d. A história da comediante Zezé Macedo foi uma surpresa para mim e acredito que para todo o público que não sabe nada dela além da feiosa do programa de televisão A Escolinha do Professor Raimundo. Betty Gofman interpreta Zezé com garra e emoção. Um espetáculo onde damos boas risadas e também nos emocionamos. Dois bons ingredientes para o sucesso da temporada.

Na internet: Isabel Diegues, filha de Nara Leão, criou um site de pesquisa sobre a vida e obra da musa da bossa nova. Uma merecida e necessária homenagem para Nara que teria completado 70 anos dia 19 de janeiro. O site tem cronologia, documentos, músicas e fotos. É Informativo e elegante.

Vale uma visita.

www.naraleao.com.br

Para aplaudir

Desde que me entendo por gente, o por do sol do Posto 9 em Ipanema é aplaudido. E como sempre tem gente na praia e sempre é um espetáculo, palmas para ele.

Poema de verão

A estação mais esperada do ano chegou e encontrei esse belíssimo poema sobre o tema.

Soneto 17

Se te compara a um dia de verão

És por certo mais belo e mais ameno

O vento espalha as folhas pelo chão

E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o sol em demasia

outras vezes desmaia com frieza,

O que é belo declina num só dia

na terna mutação da natureza

Mas em ti o verão será eterno,

e a beleza que tens não perderás;

nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

meus versos vivos te farão viver.

Willian Shakespeare.

Ao ar livre no verão.

praia
andar no calçadão
andar de bicicleta na Lagoa
caminhar no Aterro
subir a pista Claudio Coutinho na Praia Vermelha
tomar uma água de coco no Mirante do Leblon
beber uma água com gás no Forte de Copacabana
tomar uma cerveja na mureta do Bar Urca
ver o por do sol no Posto 9
ensaio técnico das escolas de samba na Apoteose
ensaios dos blocos cariocas nas praças

cachoeira nas Paineiras que ninguém é de ferro.

Dicas

* Chico Buarque está em cartaz na cidade até o mês de fevereiro com seu novo show Chico. Não poderia ser melhor o início do verão carioca de 2012.

Uma pena os ingressos custarem tão caro ( R$ 300,00). Tomara que ele faça uma temporada popular para que possamos nos deliciar com todo o amor, música e poesia de seu novo show.

* O filme Românticos Anônimos ( Les émotifs anonymes), de Jean-Pierre Améris, em cartaz na cidade, é uma deliciosa comédia sobre os sentimentos e o medo de se relacionar com o outro. A gente sai do filme leve e com a sensação de que tudo vai dar certo e que um bom filme é tudo de bom!

* Vida é o que? espetáculo em cartaz no Teatro do Planetário, escrito e dirigido por Veronica Diaz, conta o encontro de um improvável casal que se conhece no momento em que ela tenta o suicídio. Mas não é um drama, damos boas risadas.

O circo

Quando eu era criança, meus pais sempre me levavam para ver o circo que estava montado na cidade. Eu ia feliz, mas por dentro ficava morrendo de medo.

Circo é ao vivo e eu sempre achava que algum malabarista ia cair, que o globo da morte ia dar defeito, o trapezista perder o trapézio ou o contorcionista torcer demais. Ficava com as mãozinhas geladas, mas nunca aconteceu nada, graças a Deus! Era apenas uma ansiedade infantil misturada com o medo do desconhecido.

O circo me encanta até hoje por suas cores, magia e liberdade. Sempre ouvíamos uma história de alguém que tinha ido embora com o circo. Ou por ter se apaixonado pelo domador de leões ou simplesmente para viver uma vida de aventuras.

Quando meu primeiro sobrinho nasceu e já era um pouco grandinho, resolvi leva-lo ao circo. Convidei um querido amigo que também era encantado por essa magia e fomos. Meu sobrinho era levado de doer, mas ficou quietinho durante toda a apresentação, talvez com medo e pensando as mesmas coisas que eu pensava, ou hipnotizado por tantas cores e movimentos.

Quando assisti o filme francês A mulher e o atirador de facas, de Patrice Leconte, fiquei mais encantada ainda. Um romance incomum, cheio de suspense e sensualidade, onde o universo do circo é contado em p&b, através das escolhas da vida de cada um.

Anos depois, com minha filha e outras crianças em uma apresentação do Beto Carrero, na Praça Onze, tive que sair com as crianças aos prantos, que se assustaram com os tiros que Beto Carrero deu para o alto quando entrou em cena. Após o número dos cavalos e dos tiros, voltamos para dentro da lona. E depois do susto, só encantamento.

O circo chegou!